Joice Silva de Souza relata junto ao seu marido, Salomão Mendes da Silva e a mãe dela, Lazia Maria Silva de Carvalho, a “sensação de alívio” no momento em que Policiais Militares do 24º Batalhão salvam Samuel Mendes da Silva, bebê recém-nascido dos cônjuges, após ter se engasgado com água, na última quarta-feira (06), pelo bairro Piraporinha, Diadema.
Conforme a família, o acidente ocorre durante o banho do primeiro filho do casal.
Dona Lazia auxilia habitualmente a filha Joice nesta tarefa de higienizar o pequeno Samuel no período da tarde e, no decorrer desta tarefa, o bebê ingeriu uma pequena quantidade de água. Ambas perceberam algo diferente com o recém-nascido, assim que finalizou este procedimento:
“Terminamos de dar o banho, aí nós vimos que ele começou a tossir sem parar, e foi ficando sem fôlego. Colocamos ele na toalha e veio desespero, porque vimos que ele não estava respirando, vimos que ele não estava reagindo, foi quando aumentou o desespero”, explicam mãe e avó da criança.
No decorrer da situação adversa, a senhora Souza tentou reanimar o neto, com a aplicação da Manobra de Heimlich (técnica de primeiros socorros, utilizado em casos de obstrução de corpo estranho, provocada por um pedação de comida ou qualquer tipo de corpo estranho que bloqueia as vias respiratórias, o que impede a pessoa de respirar), por duas vezes em razão da experiência obtida na profissão como vigilante. Todavia, infelizmente, o esforço ainda era insuficiente:
“Tentei o procedimento que a gente como vigilante sabe, mas não foi um sucesso. Aí que veio mais desespero ainda”, relata a progenitora de Samuel.
Segundo a mãe e a avó do recém-nascido, foi feito o contato com Salomão, pai do menino e funcionário público, pois estava no trabalho e, ao saber do ocorrido pela esposa e sogra, ele solicitou o auxílio da Polícia Militar.
Agentes que patrulhavam as proximidades, logo chegaram à residência de Joice, a fim de salvar o pequeno Samuel. A genitora afirmou instantes de aflição durante a Manobra de Heimlich aplicada pelos P.Ms.
“Como mãe do Samuel, os momentos foram bem difíceis, desesperadores. A gentes pensa que vai acontecer o pior, que vai morrer, passam só coisas negativas na cabeça. Mas depois que os policiais vieram e ajudaram a gente, finalizaram o procedimento para que ele (Samuel) voltasse a respirar, foi um alívio e um momento bem alegre”, disse a mãe.
A avó também alegou angústia, ao longo da tentativa dos policiais de reanimar o bebê. Entretanto, ela demonstrou felicidade após o salvamento do primeiro neto.
“No momento que ele estava engasgado, a primeira coisa que vem na mente da gente é morte, né? “Aí vai morrer, vai morrer!” A gente só pensa desta forma. Depois do salvamento, a gente só tem a agradecer, ficar alegre e feliz. Foi maravilhoso a ocorrência feita pelos policiais”, afirmou Dona Lazia.
Salomão Mendes, do local de trabalho, acompanhava o socorro ao seu filho, realizado pelos agentes, da mesma maneira que a esposa e sogra, viveu instantes de tensão. Todavia, externou alegria, depois de ver, através de vídeo chamada, o filho reanimado.
“Na hora veio a adrenalina. Mas no momento, só pensei em salvar a vida dele. Os policiais conseguiram fazer o neném retomar a consciência e, graças a Deus, deu tudo certo. Depois do susto, veio as consequências da adrenalina, do nervosismo, vem dor de cabeça, minhas pernas ficaram bambas, filho né?” disse o pai do recém-nascido.
De acordo com agentes, após êxito no salvamento por meio da Manobra de Heimlich, o pequeno Samuel foi encaminhado ao Hospital Central de Diadema, onde teve os devidos cuidados necessários. O bebê recebeu alta no mesmo dia (06/10) e levado para casa pelos pais e a avó e ficou sem qualquer sequela.